NOSSA HISTÓRIA

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Fundado em 27 de outubro de 1949, o Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental tem como objetivo prestar assistência a pessoas carentes com transtornos mentais e alcoolismo. A entidade atua com internação, vestuário, alimentação, sessões de terapia e reuniões religiosas para seus pacientes, além de prestar serviços à comunidade, como cursos e reuniões públicas. Todos os pacientes internados são pessoas carentes do Estado de Goiás e até de outros Estados, que necessitam de cuidados que não está acessível na rede pública de saúde. São pessoas carentes entre homens e mulheres. Uma Entidade beneficente que prestam rigoroso controle de contas visando transparência da Instituição e o compromisso com os colaboradores. A mesma pode ser acompanhada no site www.batuira.org.br.

Atualmente o Batuíra é um dos poucos hospitais do Brasil 100% SUS. Essa característica singular só é possível graças à contribuição da sociedade que auxilia a Entidade na sua manutenção. Uma nova ala foi reformada e disponibilizada, aumentando a capacidade de atendimento para 133 pacientes.

São 80 funcionários celetistas e mais de 100 voluntários atuando diretamente na Entidade. Além do repasse do SUS, a Entidade realiza diversas campanhas para se manter: Festival de Sorvete; Campanha de boleto bancário (em reestruturação); SOS Batuíra com divulgação pela imprensa semanalmente, bazar, doações avulsas e campanhas feitas por pessoas e empresas.

A VIDA SURPREENDENTE DE BATUÍRA

ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA “BATUÍRA” nasceu na Freguesia das Águas Santas (Portugal), em 26 de Dezembro de 1838. Aos onze anos, imigrou para o Brasil, vivendo três anos no Rio de Janeiro, transferindo-se depois para Campinas (São Paulo), onde trabalhou por alguns anos na lavoura.

Mais tarde, fixou residência na Capital bandeirante, dedicando-se à venda de jornais. Naquela época, São Paulo era uma cidade de 30 mil habitantes. Ele entregava os jornais de casa em casa, conquistando nessa profissão a simpatia e a amizade dos seus fregueses.

Muito ativo, correndo daqui para acolá, a gente da rua o apelidava “O BATUÍRA” (nome que o povo dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de vôo rápido, que freqüenta os charcos, à volta dos lagos). Convivendo com os acadêmicos de Direito do Largo de São Francisco passou a dedicar-se à arte teatral: montou pequeno teatro à rua Cruz Preta (depois denominada rua Senador Quintino Bocaiúva). Quando aparecia em cena, BATUÍRA era aplaudido e os estudantes lhe dedicavam versos como estes: “Salve grande Batuíra/Com seus dentes de traíra/Com seus olhos de safira/Com tua arte que me inspira/Nas cordas de minha lira/Estes versos de mentira.

Àquela altura da sua vida passou a fabricar charutos, o que fez prosperar as suas finanças. Adquiriu diversos lotes de terrenos no Lavapés, onde construiu sua residência e, ao lado, uma rua particular de casas que alugava aos humildes e que hoje se chama Rua Espírita. Convivendo com os acadêmicos de Direito do Largo de São Francisco passou a dedicar-se à arte teatral: montou pequeno teatro à rua Cruz Preta (depois denominada rua Senador Quintino Bocaiúva). Quando aparecia em cena, BATUÍRA era aplaudido e os estudantes lhe dedicavam versos como estes: “Salve grande Batuíra/Com seus dentes de traíra/Com seus olhos de safira/Com tua arte que me inspira/Nas cordas de minha lira/Estes versos de mentira.

De espírito humanitário e idealista, aderiu, desde logo, à Campanha Abolicionista, trabalhando denodadamente ao lado de Luiz Gama e de Antônio Bento. Em sua casa e abrigava os escravos foragidos e só os deixava sair com a Carta de Alforria.

Despertado pela Doutrina Espírita exemplificou no mais alto grau dos ensinamentos cristãos: praticava a caridade, consolava os aflitos, tratava os doentes com a Homeopatia e difundia os princípios espíritas. Fundou o jornal “Verdade e Luz”, em 25 de maio de 1890, que chegou a ter uma tiragem de cinco mil exemplares. Abriu mão dos seus bens em favor dos necessitados.

A sua casa no Lavapés, que era ao mesmo tempo hospital, farmácia, albergue, escola e asilo. Ele a doou para sede da Instituição Beneficente “Verdade e Luz”. Recolhia os doentes e os desamparados, infundindo-lhes a fé necessária para poderem suportar suas provas terrenas. A propósito disso dizia-se de Batuíra: “Um bando de aleijados vivia com ele”. Quem chegasse à sua casa, fosse lá quem fosse, tinha cama, mesa e cobertor.

De suas primeiras núpcias com dona Brandina Maria de Jesus, teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra que veio a se casar com dona Flora Augusta Gonçalves Batuíra. Das segundas núpcias teve outro filho que desencarnou aos doze anos. Mas, apesar disso, Batuíra era pai de quase toda gente. Exemplo disso foi o Zeca, que Batuíra recebeu com poucos meses e criou como seu filho adotivo, o qual se tornou continuador da sua obra na instituição beneficente que ele fundara.

Eis alguns traços da personalidade de Batuíra pela pena do festejado escritor Afonso Schmidt: “Em 1873, por ocasião da terrível epidemia de varíola que assolou a capital da Província, ele serviu de médico, de enfermeiro, de pai para os flagelados, deu-lhes não apenas o remédio e os desvelos, mas também o pão, o teto e o agasalho. Daí a popularidade de sua figura. Era baixo, entroncado e usava longas barbas que lhe cobriam o peito amplo. Com o tempo essa barba se fez branca e os amigos diziam que ele era tão bom, que se parecia com o imperador”.

Batuíra era tão popular que foi citado em obras como: “História e Tradições da Cidade de São Paulo”, de Ernani Silva Bueno; “A Academia de São Paulo – Tradições e Reminiscências – Estudantes, Estudantões e Estudantadas”, de Almeida Nogueira; “A Cidade de São Paulo em 1900”, de Alfredo Moreira Pinto. Escreveram ainda sobre ele J. B. Chagas, Afonso Schmidt, Paulo Alves Godoy e Zeus Wantuil.

Batuíra criou grupos espíritas em São Paulo, Minas Gerais, e Estado do Rio, proferiu conferências espíritas por toda parte, criou a Livraria e Editora Espírita, onde se fez impressor e tipógrafo. Referindo-se ao seu desencarne, Afonso Schmidt escreveu: “Batuíra faleceu a 22 de Janeiro de 1909. São Paulo inteiro comove-se com o seu desaparecimento. Que idade tinha? Nem ele mesmo sabia. Mas o seu nome ficou por aí, como um clarão de bondade, de doçura, de delicadeza ao céu, dessas que se vão fazendo cada vez mais raras num mundo velho, sem porteira…”

INSTITUCIONAL

 

O Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental é um dos poucos hospitais filantrópicos 100% SUS do Brasil. Todos os leitos de internação atendem exclusivamente o SUS, sem internações particulares ou de convênios, à pacientes que sofram de transtornos mentais como esquizofrenia, síndrome do pânico, crise de ansiedade, depressão, bipolaridade e etilismo, além de outras doenças, onde ofereçam algum risco de vida a si e a outros.

O paciente a ser internado, deverá ser encaminhado ao Pronto Socorro Wassily Chuck, em Goiânia, para ser avaliado e verificado a necessidade de sua internação. Havendo vaga no sistema de internação, será encaminhado ao Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental. Ao chegar ao Batuíra ele é acolhido junto com seus familiares e responsáveis pela recepção e encaminhado para triagem com o serviço social e/ou enfermagem, e posteriormente ao médico plantonista para avaliação. Deverá apresentar junto com a guia de autorização de internação hospitalar – AIH e demais documentos que comprovem a identidade e o vínculo com o paciente. Em caso de internação, o paciente inicia o seu tratamento, com a equipe do Batuíra formada por médicos assistentes e plantonistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, musicoterapeuta, arteterapeuta, educador físico, psicólogos, farmacêutico, nutricionistas, enfermeiros, e demais equipes de apoio. Internado, o paciente recebe objetos necessários para uso durante a internação como toalha, roupas e calçados. Durante a internação é fornecido ao paciente todos os itens necessários para higienização pessoal. Diariamente são oferecidas cinco refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.

O paciente é acompanhado por um médico assistente e um médico clínico. Cada paciente é referenciado por um profissional de nível superior, responsável por acompanhá-lo durante toda a internação. A alta é feita sob a responsabilidade do médico assistente e da equipe técnica por um breve tempo de internação até a retomada do convívio social.

  Endereço

Rua: Avenida Eurico Viana, Qd 44
Bairro: Setor Jardim Goiás – Goiânia – Goiás
CEP: 74815-725

  Telefones

(62) 3281-0655 / (62) 3241-3403
Horário de funcionamento: 24 horas

  Horário de visitas de familiares aos pacientes

Diariamente das 16:00h às 17:00h

  Dados

CNPJ: 01.653.450/0001-46
Reg. Cart. Pess. Jurídicas da Comarca de Goiânia Lv-A fls.380
Reg. No Conselho Nacional de Serviço Social 108.565/59
Utilidade Pública Federal 21.312/95-30
Utilidade Pública Estadual 7.372 de 20/08/1971
Utilidade Pública Municipal Lei nº 3.715 de 01/09/1967
Área total: 6.200 m² – Área construída: 2.500 m²

EXPOSIÇÃO VIRTUAL